É um sentimento que veio não se sabe de onde... Nasceu assim, como
mágica... Daquele jeitinho delicado e, ao mesmo tempo, abrupto... Quando me dei
conta já estava ali. Já era eu, já era você, já éramos nós dois. Era o amor
perdido em mim... E eu, mais que perdida em amor, em te amar mais que a vida...
Em te querer mais que o dia. Em sonhar contigo mais que a noite.
Engraçado. Parece que nasci assim, para ser tua. Para te pertencer, te
amar, te querer. Isso tudo é tão intrínseco a mim que imagino, fico mesmo
pensando como pude viver tanto tempo sem esse sentimento que me toma inteira. É
um embriagar sem álcool... E, de verdade, é o melhor sentimento que a vida
poderia me despertar.
É sentimento que faz morada e nos obriga a sentir mesmo que não
desejemos, mesmo que lutemos contra, ele está ali. Faz-se presente,
inocentemente presente e constante como chuva fina que cai durante o domingo
todo.
É um pertencimento por direito. Sabe quando você se olha no espelho e
reconhece a pessoa em você? É assim. Eu me olho no espelho e te vejo ali,
misturado a mim. Parte integrante do meu eu, parte necessária e fundamental à
minha sobrevivência...
E isso é tão confuso e incoerente. Tão simples e tão complexo. Tão
possível e tão irracional.
Meus pensamentos estão sempre em você. Minhas preocupações estão sempre
voltadas ao seu bem estar. Eu me preocupo com você como me preocupo comigo. A
felicidade que te cerca é a mesma que me envolve. E, suas dores me esmagam a
alma como soco no estômago.
É. Nasci assim, para ser tua, para te amar. Porque só assim sou total.
Aqueles sentimentos inimagináveis, que se perpetuam e transbordam como
enchente... Alagam tudo, tomam posse, tomam conta... Não reconhecem muros ou
fronteiras, apenas invadem e fim.
E de nascer assim, tão sua, me sinto inteira quando me encontro em sua alma. Completude tão boa de sentir, que mesmo quando dói, faz bem.
E de nascer assim, tão sua, me sinto inteira quando me encontro em sua alma. Completude tão boa de sentir, que mesmo quando dói, faz bem.
E, às vezes, quando não te tenho, me sinto tão errada, tão incompleta
que fico me perguntando: Onde está a outra metade de mim?
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