domingo, 25 de setembro de 2011

Confusa intensidade


Confusa intensidade. Confusa realidade. Difusa verdade.
Alguns sentimentos realmente não podem ser explicados!
Nenhum cientista, ou físico, ou tarólogo, astrólogo, metafísico, geólogo, historiador nem ninguém conseguiram até hoje explicar sentimentos.
Como explicar a falta que uma pessoa faz e outra não? Como explicar a forma como uma pessoa nos toca e outra não?
Impossível definir a intensidade de certos sentimentos que afloram em nossa alma. Impossível explicar porque, algumas pessoas simplesmente passam, enquanto outras fincam estacas e fazem morada em nossas vidas.
Estava pensando nisso e me peguei assim: Complicando o complicado. Vendo o invisível. Não vendo o óbvio.
Pode ser triste, mas é fato que algumas pessoas não enxergam em nós a mesma importância que enxergamos nelas. Isso porque, como eu disse pouco acima, algumas pessoas nos tocam e outras não. Algumas pessoas fazem morada e outras não. E, por uma triste razão desconhecida da razão, nem sempre fincamos estacas no coração de quem queremos. Nem sempre tocamos tal pessoa com a mesma intensidade com que a ‘tal’ pessoa nos toca. E isso não é justo, nem injusto. Não é maldade nem crueldade. É apenas a vida seguindo seu fluxo.
Chega a ser engraçado perceber que algumas pessoas nunca nos amarão com a mesma intensidade com que são amadas por nós. Nunca nos olharão com o mesmo desejo. Com a mesma paixão. Nunca pensarão em nós com a mesma saudade, com o mesmo desespero de sentimento que faz pular o coração no peito ensandecido. Se você parar para pensar, verá que você já esteve do outro lado também. É um fluxo e refluxo... Aquela velha história que se repete em épocas e locais diferentes, com personagens diferentes... E com um enredo totalmente conhecido por todos. E ela vai continuar se repetindo. Como um ciclo de carbono na natureza... CICLO. Começa e termina... E recomeça... E recomeça... E recomeça...
É certo que, cada recomeço é momento de fazer, quem sabe, um final diferente. Mas, muitas vezes, somos ou estamos tão apegados ao que já conhecemos... Ao que já identificamos como habitual, que temos certo medo de pular da ponte em um ‘ciclo’ desconhecido. Entrar em uma roleta para um jogo sem saber se vai perder ou ganhar pode amedrontar mesmo.
Aí, paramos, analisamos, racionalizamos e decidimos: Vou ficar na roleta que estava antes. Para que arriscar? Prefiro perder algumas fichas aqui e ganhar outras poucas, a quem sabe, perder todas lá.
Mas é aí que nos esquecemos do fato principal: Quem sabe, está lá, naquela roleta nova, a chance de ganhar todas as fichas, de ‘enriquecer’... De saborear a novidade... O desconhecido. E, ainda mais, quem sabe, está lá, a chance de um recomeço diferente. Aquele que sempre desejamos e nunca encontramos.
Mas o ciclo repetido nos chama... O ciclo repetido parece mais fácil, mais calmo e sem labirintos a serem explorados. Medo de nos perder nas curvas. Medo de perder o freio...
Ando cansada de medos... Ando cansada de freios... Ando querendo me aventurar em uma estrada nova. Sem roteiro, sem bússola, mapa ou GPS...
Quero apenas me perder para, quem sabe, me encontrar em algo novo e bom... Algo melhor e diferente do que já provei...
Ando aprendendo que algumas coisas podem doer muito... Podem machucar muito e deixar, às vezes, um gosto amargo na boca e na alma. Mas, ando aprendendo também que, o gosto doce deixado por essas mesmas coisas em nossas vidas em alguns momentos, pode compensar qualquer dor ou amargor...
Eu só quero fazer falta em tua vida como você faz na minha...




'...E o que que a vida fez da nossa vida...
E o que que a gente não faz por amor?...'
                                                        (Marisa Monte - Bem Que Se Quis)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Amar..



Amar é manter-se perto, mesmo longe...
É manter-se fiel, mesmo na dúvida...
Manter-se presente, mesmo na ausência...
É ter certeza, mesmo nos momentos incertos...
É abraçar, mesmo que somente em pensamento...
É cuidar em todos os momentos...
Amar é ansiar pelo cheiro, pelo gosto, pelo toque...
Amar é preocupar-se... Saber-se junto... 
Amar é exaltar com as vitórias... E acalentar nas horas de angústia e derrota...
Amar é estar ali, aqui, lá, junto, separado... É estar dentro... na alma...
É sonhar os mesmo sonhos... 
Ver as cores que brilham nos olhos do outro...
Amar é ser inteiro quando o coração se divide em metades...
Amar é ser metade quando se quer ser inteiro para o outro... Mas saber-se inteiro só quando nos braços almejados...
Amar é sorrir o mesmo sorriso... E dividir a lágrima que cai...
É sentir-se livre quando os lábios se tocam...
É sentir-se forte quando as almas transbordam juntas...
É sentir-se em êxtase quando os corpos se encontram...
Amar... É ser dois em um ... É ser um em dois... 
É ser cada vez mais o outro, enquanto somos nós mesmos!

As horas se passaram aqui
Tanta coisa e eu não percebi
Mas eu sei que sempre eu senti que Você me fez, sempre feliz
Me ensinando como caminhar
Me ajudando para eu não errar
Estendendo a mão pra me mostrar
O maior dos dons
O dom de amar
Eu quero sentir nessa hora
A Tua presença agora
Falando ao meu coração com carinho e emoção
Te quero pra sempre em minha vida
O amor cicatriza a ferida
E eu quero levar esse amor
Para todos que eu encontre, aonde eu for


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Intensa!


Intensa! Essa é a palavra que me define. Da raiz dos cabelos à ponta dos pés, intensa...
Intensa em querer, em sentir, em amar... Intensa em chorar, me entregar.
Sou intensa em tudo que faço e é assim que gosto de ser.
Minha felicidade me extenua... Me deixa exausta e deliciosamente entorpecida...
Não tenho vocação para meias palavras, meias verdades, meio sentimento.
Não tenho vocação para ser meio amada... Ou amar pela metade.
Sou dramática. Na realidade, melodramática.
Não me entrego mais ou menos...
Não me seguro na ladeira...
Me jogo e deixo o corpo me levar...
Me atiro em precipícios e rezo para não bater a cabeça no fundo da piscina quando mergulho...
Mas, mergulho...
E se bater a cabeça, volto à superfície com lágrimas nos olhos, gelo no coração. Mas com a certeza de que meu mergulho foi real.
Sou real, verdadeira. E assim sou no amor e no ódio...
Na entrega e na repulsa...
Na ida e na volta...
Sou mão e contramão de mim mesma...
A paixão me move e a poesia me comove.
Rio de mim mesma e de tudo que faz bem. Mas posso chorar pelos mesmos “sintomas”...
Choro com palavras e olhares. Choro com gestos de entrega e de negação...
Choro com músicas e letras, com imagens e com razão...
“Excitante” é minha palavra preferida!
“Insípida” para mim, só a água!
As vontades e os sentimentos precisam ter gosto...
Quer seja mel ou fel... Mas tem de ter gosto...
Tenho de sentir o gosto da intensidade para me sentir viva.
Prefiro a fratura exposta da dor, ao arranhão de não saber sentir...
Não gosto do morno, gosto de frio e quente...
Extremidades me atraem, nunca o meio...
Acredito na verdade vista com o coração...
Tenho medo de altura... Mas não tenho medo de me atirar do penhasco...
Tenho medo de tempestades. Mas, sou, eu mesma, uma tempestade de sentimentos reais e intensos...
Não me venha com sutilezas, com talvez ou incertezas... Venha a mim com paixão, intensidade e desejo.
Mesmo que esse desejo seja apenas por um dia.
Mas que seja o mais real naquela sintonia.
Não espere que eu seja doce quando me sentir amarga...
Nem espere que eu diga mentiras para te agradar...
Mas espere que eu me contorça de prazer se eu o sentir...
E você saberá... Você realmente saberá quando conseguir me tocar...
E saiba que eu vou te tocar...
Vou te tocar ao falar, vou te tocar ao sentir... Vou te tocar com palavras e com o olhar...
E espero o mesmo de você.
Espero seu toque sutil e urgente de palavras e sentimentos...
Sou paixão, confusão. Explosão, sensação. Intensidade, realidade.
Sou abismo e penhasco. Altura e profundidade.
Sou real e ‘muito’ real.
Urgente e latente. Ardente e flamejante.
Fogo e água...
Céu e inferno de mim mesma...






domingo, 4 de setembro de 2011

Que assim seja...


E quando as dores virarem alegrias
Quando a saudade se perder no toque
As lágrimas secarem nos beijos
Quando a solidão se tornar presença
E a ausência for apenas uma lembrança distante
Quando as nuvens derem lugar ao Sol
E os medos nada mais representarem
Nesse momento a luz brilhará nos olhos
E os corações cantarão em coro
A verdade de serem juntos
A verdade de se pertencerem
E a felicidade de se entregarem aos sentimentos...



"...I miss the colors that you brought into my life
Your golden smile, those blue-green eyes
I miss your gentle voice in lonely times like now
Saying it'll be alright..."

Inexplicável Sentir


Quando certas coisas não são feitas para entender
E ficamos tentando... E tentando...
Esperando montar quebra cabeça sem final
Quando apenas os sentimentos são necessários
Para que toda explicação se faça... Fácil
Como o soar dos sinos ao longe que me faz pensar em sair
Caminhar pelas ruas a buscar o Sol que se pôs
As letras que se perderam
A voz que não ouço mais
Perdida em não te ter
Você... O equilíbrio perfeito para acalmar meus temores
O porto para ancorar sem medo
Apenas ancorar e esperar nascer o Sol
Ilusão dos desejos que não se realizam
E que esperamos... E esperamos ansiosos
E indistintamente sentimos
Nos entregando mudamente ao som de nosso coração que canta
Sem entender
Incansavelmente tentando
E, chega certa hora
Em que somos forçados por nós mesmos a deixar de tentar entender
A se deixar sentir
E então deixo meu corpo fluir
Apenas flutuar em você
Doce e suave como lua que se opõe ao Sol
E calmamente brilha
Mostrando que não é preciso razão ou explicação
Apenas sentimento
Para que tudo se explique... Fácil...



"Porque é assim que eu acredito que os
sentimentos devem ser...
Apenas sentidos...
Sem explicar...
Sem pensar demais
Porque é assim que me entrego
E é assim que sou pra você...
Inteira e sua...
E me perco em tentar entender o que não é necessário
Porque queria apenas que você se permitisse sentir...
Como eu me permito...
Queria apenas que você se permitisse...
Ser meu como eu sou sua..."



Não estou ao seu lado
Mas posso sonhar...
Aonde quer que eu vá

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Desabafo...


Não foi planejado. Foi acaso. Destino tecendo teias.
Eu não planejei te conhecer. Não planejei te colocar em minha vida. E, principalmente, não planejei que tudo começasse do jeito mais torto.
Engraçado que dizem que ‘Deus escreve certo por linhas tortas’... E essa frase, que nunca tinha feito muito sentido para mim, passou a ter o sentido mais perfeito a partir do ponto em que você veio morar em mim.
É. Porque você mora em mim. Do momento que acordo até o momento em que vou dormir novamente você mora em mim. E mora em mim enquanto durmo, recheando meus sonhos com tua presença.
Você mora em minha respiração, em minhas aspirações, em meus desejos, em minhas falas, em minhas vontades. Você se fez a incerteza mais certa. A insegurança mais segura. E a certeza mais incerta.
Eu não planejei te acolher em minha alma. Você não planejou me reter inteira em ti. Mas é assim que é. E, mesmo que não queira, é assim que continuará sendo.
O que era para ser uma brincadeira, talvez uma maldade, tornou-se puro, limpo e claro como dia ensolarado.
É a bonança depois da tempestade.
Você é minha tempestade. Minha bonança. Minha segurança e minha perdição.
Eu não planejei esse sentimento. Eu não planejei a entrega. Eu não planejei a espera surda e estarrecedora desse amor.
Sim. Porque é amor. Na forma mais limpa e pura que o amor pode ser concebido. É amor. É amor. É amor.
E ele está aqui, em mim... Mesmo que não esteja em ti. Ele me orienta, me desorienta, me amedronta, me encoraja, me embala, me atormenta, me faz rir, me faz chorar. Ele coloca em mim todas as sensações antagônicas que o amor é capaz de criar.
Sou água e fogo... Céu e inferno... Sou maldade e bondade... Sou inteira e metade... Razão e emoção... Ah, essa tal razão é melhor deixar para lá... Afinal, você sabe melhor que eu que razão não é um ponto forte em mim. Sou emocional demais. Intensa e urgente demais... E, pode ser que seja isso que tenha estragado tudo... Quebrado tudo... Feito tudo desmoronar... Pode ser... E se foi, aceito minha culpa porque te amar é o que tem de mais bonito em mim... E me entregar a isso é a única coisa que eu consigo fazer.
Não consegui me segurar na ladeira... Não consegui ter paciência, mesmo tendo dito que teria toda a paciência do mundo contigo... Desculpe-me, eu não consegui. Mas não consegui porque o amor que tenho em mim me torna insensata... Amedrontada... Despudorada e insanamente absorvida por você...
E eu sempre acreditei que esse amor chegaria. Eu sempre acreditei que, um dia, chegaria o que seria para sempre. Você sabe disso. E, embora você não acredite no tal ‘para sempre’, eu te disse que ele existe... E o para sempre nunca fez tanto sentido em minha vida como faz agora... Desde que você passou a fazer parte do meu mundo. VOCÊ é o meu para sempre... Eu tenho certeza disso.
E eu não planejei... Se tivesse planejado, quem sabe teria feito tudo de forma mais ‘certa’, se é que existe certo e errado nessa coisa de amor. Mas, digamos que, se eu tivesse planejado, teria tentado me adequar mais ao que você esperava de mim. Uma dose extra de paciência, ponderando mais as palavras, guardando mais os sentimentos.
Mas como sou péssima nessa arte do planejamento, me entreguei inteira, sem freios... E acabei me perdendo nas medidas. Exagerando nas doses. Pequei por excesso. Excesso de amor, excesso de vontades, excesso de você em mim. Mas o que posso fazer se você está em mim todo o tempo? O que posso fazer se sou mais tua do que minha? O que posso fazer se, mesmo quando esse amor me machuca, ele é especial para mim? Se, mesmo quando me faz sofrer, me faz feliz?
O fato é que exagerei na dose. E o fato maior é que estraguei tudo. Culpada! Culpada por te amar mais do que deveria.
Mas isso nem importa muito. Porque, de verdade, o que me importa mesmo é que você esteja bem. De tudo isso, o que me importa mesmo é que você se ‘cure’, como você mesmo disse... E esse amor vai continuar em mim. E quando você o quiser de volta, ele estará aqui, quentinho para você.
Eu sempre tive para mim que o amor existe para dar certo... E, engraçado, hoje li isso em um texto por aí e parei para pensar que não sou a única a imaginar as coisas assim. O amor foi feito para dar certo... Mas se é assim, porque eu estou aqui, chorando enquanto escrevo isso para você? Sem nem saber se você vai ler?
E aí eu me dei conta de que o meu amor por você já deu certo. Ele está aqui, em mim, vivo como planta bem cuidada. Porque eu não o plantei aqui, mas ele nasceu... E eu cuidei, reguei, cultivei, dei sombra, sol, carinho... Eu deixei esse amor crescer e ele deu certo. Ele está lindo e forte em mim, com raízes grossas. E ele não vai secar. Porque eu vou continuar regando. Eu vou continuar cuidando. E, acho mesmo que ele já é tão auto-suficiente que sobrevive sozinho a qualquer tempestade.
O meu amor é teu. Ele está em mim, mas é todo para você. Eu só vou ficar aqui, cuidando dele enquanto você não o quer. Eu sou tua. Sempre te disse isso e é assim que continua sendo. Eu sou tua. Mesmo que você nunca mais use os pronomes possessivos comigo.

Ps.: Tentei usar todos os artigos... Mas pode ser que eu tenha esquecido alguns... E colocado outros onde não precisava. Mas eu tentei.